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Netinho - Discografia
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RELEASE

Seguindo a linha eclética da Banda Beijo, o disco “Sem repressão” nos brinda com uma avalanche rítmica e traz um sotaque mais pop, abrindo suas fronteiras para muito além da Bahia. Netinho (vocal), Robinson Cunha (bateria), Samuel Touché (baixo), Boca (guitarra), Zé Raimundo Silva (teclados), Anjo e Fumaça (percussão) ganharam maturidade nesse ano de “estrada”. Nesse disco, além da festa, o grupo abraça temas polêmicos como a depredação da natureza, em “Fome Careta”, e a situação do povo brasileiro, em “Sem repressão”. Namoram, com muito suingue, o rock´n roll em “Jeito” e “Fome Careta”, e fazem uma homenagem aos Paralamas do Sucesso com o “Pout-porri dos Paralamas”. O carnaval da Bahia rola solto em “Gosto de mar”, “Vem me dar um beijo”, “Salvador pra você” e “Reggae chá chá chá”. Do rei do baião, Luiz Gonzaga, a forte lembrança em “Regonzagueando”. 

Esse disco prova a força da nova geração musical da Bahia e mostra que a versatilidade da Banda Beijo ultrapassa os batuques do carnaval. Sem repressão!

CRÉDITOS DO ÁLBUM
Produção: Ricardo Cavalcanti
Direção Artística: Ricardo Cavalcanti
Ano: 1989

FAIXAS
1. Gosto de mar
2. Salvador pra você
3. Reggae chá chá chá
4. Galope do João
5. Jeito
6. Fome careta
7. Pout-pourri do Paralamas
8. Vem me dar um beijo
9. Par de brinco
10. Sem repressão
11. Regonzagueando


Sem Repressão


LETRA DAS MÚSICAS

- Gosto de mar

(João Guimarães)


Eu vou pegar de leve em tua mão
Quero roubar de vez teu coração
Eu vou te lambuzar com meu prazer
O que é que eu faço pra te conhecer

Vem morena
Me namora
Quero ficar ao teu lado
Bem juntinho
Bem gostoso
Na delícia desse gozo

Teu suor tem gosto de mar
Vem comigo navegar ... navegar

Este clima de arrepiar
Faz meu corpo se arder
Nesta chama que o amor nos traz
Vejo a terra estremecer 

- Salvador pra você

(Evandro Terra)


Lê, lê, ô carnaval na Bahia
Lê, lê, ô vou brincar com você
Lê, lê, ô carnaval é magia
Lê, lê, ô Salvador pra você

Mexe com a banda pra frente
Mexe com a banda pra traz
Mexe com o começo que a banda faz

Lambada pra rebolar
Levada pré se dançar
E na magia do beijo
Um abraço e um queijo
Pra quem não dançar
Mexe com a banda pra lá
Mexe com a banda pra cá

- Reggae chá chá chá

(João Guimarães)


Quero ver todo mundo
Dançando esse reggae chá chá chá
Essa platéia carinhosa
Tão graciosa

O reggae nasceu na Jamaica
E hoje está presente na Bahia
O reggae é a dança do momento
O reggae é alegria 

E todo mundo vai dançar
Esse reggae chá chá chá

- Galope do João

(Evandro Terra)


Tá proibido, tá
Soltar balão
Vem dançar a noite inteira
Que é noite de São João

Tá colorido, tá
Animação
Vem tomar a saideira
Que d´aqui tu sai mais não

Tem remelexo, quebra-queixo
Bole-bole
Tem quindim, Maria mole
Tem pipoca, tem quentão

Mariazinha vem dançar esse galope
Que a sanfona tá no xote
E isso aqui tá muito bom

Lê, ô, iê, ô
Menina, vai pra lá que eu também vou
Lê, ô, iê, ô
A noite inteira balance que balançou

- Jeito

(Carlinhos Boca / Samuel Touché)


Se você me quer
Se aproxima de mim
Me mostra o que é “feliz a dois”

Se as barreiras do seu sentimento magoam
A culpa é nossa relação
Você pode mudar o mundo
Mas não mudará minha cabeça
Minha concepção de vida
É baseada no que sei e que sou

O que é que eu faço
Pra tê-la me diz o jeito que eu dou

O que é que eu faço pra tê-la
Só quero te dar amor

Acho bom tentar
Te conquistar
Relembrando dos nossos bons momentos
Te dou todo meu carinho que é seu
Romantismo sei que você precisa
Mas em troca me dê o seu coração
Pra ser feliz é o que preciso
Vivo embriagado de paixão
E provo a você que sou seu

- Fome careta

(Rudá Monteiro)


Eu vi os troncos aos trancos caírem
Morrerem barranco abaixo
Eu vi um rio vazio transbordar
Numa enchente de dor
Eu vi o fogo queimar a floresta
Fogueira da solidão
Eu vi a mancha mais negra que a morte
Matar o azul do mar

Eu vi a lua desaparecer
Quando vi a fumaça vir
Eu vi o chão sacudir, se partir
No estrondo da explosão
Ouvi promessas, promessas, promessas
Profetas da ilusão
Ouvi conversas, conversas, conversas
Mentir é a solução

Eles não querem o planeta
Só querem devorar
Que fome mais careta
Comam tudo até se lambuzar

Fauna mais exótica
Flores hipnóticas
Você vem na memória, erótica

Bela trajetória
Do teu olhar, no meu olhar
Tens no cheiro a flora e és a glória

- Pout-pourri do Paralamas: Ska / Cinema mudo / Fui eu / Vital e sua moto / Óculos

(Herbert Viana)


A vida não é filme você não entendeu
Ninguém foi ao seu quarto quando escureceu
Saber o que passava no seu coração
Se tudo que ela tinha era certo ou não
A menina se perdeu olhando o sol se por
Que final romântico morrer de amor
Relembrando da janela tudo que viveu
Fingindo não ver os erros que cometeu
E assim tanto faz se ela não aparecer
E aí, nada mais ...

Uô lê bô lê
Ô, ô, ô, ô, ô, ô, ô
Amor sem palavras, cinema mudo
Não falo nada, você sabe tudo
A noite chega, me dá um toque
Melancolia não dá ibope
Eu tenho que aprender a dizer
Tudo que sinto por você
Eu tenho que aprender
Num desses seriados de TV

Os pés descalços queimam no asfalto
Os carros passam, vem e vão
Eu dobro a esquina, eu vou na onda
Pego carona na multidão
Você olhou fez que não me viu
Virou de lado, acenou com a mão
Pegou um táxi, entrou, sumiu
Deixou os restos de mim no chão
Vai ver que a confusão
Fui eu quem fiz, fui eu

Vital andava a pé
E achava que assim estava mal
De um ônibus pro outro 
Aquilo para ele era o fim
Conselho do seu pai
Motocicleta é perigoso Vital
É duro de negar, filho
Mas isso dói demais em mim
Mas Vital comprou a moto
E passou a se sentir total
Vital e sua moto
Mas que união feliz
Corria e viajava
Era sensacional
A vida em duas rodas
Era tudo que ele sempre quis
Vital passou a se sentir total
Com seu sonho de metal
Vital passou a se sentir total
Com seu sonho de metal

Por quê você não olha pra mim
Por quê você diz sempre que não
Por quê você não olha pra mim
Por trás dessa lente também bate um coração

- Vem me dar um beijo

(Carlos Neto)


Ah! Esse teu cheiro, morena
Tem um jeito de me endoidar
Vem com requebrado manhoso
Jeito de corpo gostoso, de arrepiar

Me faz endoidecer de amor
Me olha, me chama pra dançar
Se vai embora, eu fico a sofrer
Se faz amor, me faz delirar
Você é um anjo safado 
Que caiu do céu só pra me atazanar

Oi, oi, oi, oi vem me dar um beijo
Vem fazer festejo, vem me clarear
Oi, oi, oi, oi vem me dar um beijo 
Nesse meu desejo, eu vou me acabar

- Par de brinco

(Rudá Monteiro)


Vou lhe dar um par de brinco
Criança, pra você usar
O que mais bem lhe fica
E combina com o seu olhar
Na ponta de orelha risonha
Você vai pendurar
Eu gosto da maneira
Que você tem de se enfeitar

Pendurado, meu bem pendurado
Deixe ficar pendurado
Deixe ficar balançando
Como dois balangandãs

Trabalho como um camelô
Invento algum som no bongô
Moldei um belo bibelô
Eu fiz o melhor bangalô
Pra você, meu amor

No mar, lá eu fiz oferenda
Pra cá nosso amor mais aumenta
Saudade tá que não aguenta
Me leva, me leva pra tenda, meu amor 

- Sem repressão

(Val Macambira)


E quando eu quiser cantar eu vou
Sem repressão
E quando eu quiser cantar eu vou
Cada ser humano vive pra existir
Buscando a si mesmo se redefinir
Fatal como ele é

Eu sei
Não sou o que você bem quer
Cabe a Deus a cor e a natureza até
Tá mal com esse amor

Sem repressão
E quando eu quiser cantar eu vou

É mesmo tão covarde vale o veto vil
A gente cabe bem dentro desse Brasil
Natal, homem, mulher

E a massa alegre plebe, rude, varonil
Descola e fertiliza a fome transgrediu
Total qual um pavor

Sem repressão
E quando eu quiser cantar eu vou 

- Regonzagueando

(Adauto Borges / Jorge San´d)


Asa branca livre voa
Nos espaços musicais
Juazeiro, Juazeiro
Quantas lembranças me traz
Boiadeiro abóia um canto
Pra alegrar o teu xodó
Que ela sente uma saudade
Amargar que nem jiló
Vida a dois é vida doce
Vida amarga é vida só

Na feira de Caruaru
Inda tem feijão com arroz
Sanfoneiro veio macho
Vem tocar baião de dois
Se o forró tá animado
Não se deixa pra depois

Helena levou a sanfona
Pra alegrar o coração
Do poeta sertanejo
Que alegrou todo o sertão
Moça da cintura fina
Suspirou numa canção
Quando o verde dos seus olhos
Se espalhou na plantação
Vou saltar pra minha terra