Biografia

Boné na cabeça, apito no peito, alegria na cara e Deus no coração

O cantor Netinho é um dos maiores nomes do axé baiano e o único que utiliza sua fama e sucesso para defender os valores conservadores, a família e a luta por um país livre da corrupção.

Nascido em Santo Antônio de Jesus, interior da Bahia, no dia 12 de julho de 1966, Ernesto de Souza Andrade Junior alcançou o topo das paradas nacionais como Netinho.

Em 1984, ainda cursando Engenharia Civil, Netinho começou a cantar MPB e Bossa Nova nos barzinhos de Salvador.

Mas apenas no ano seguinte, aos 19 anos, o jovem conheceu o Carnaval da Bahia, quando desfilou como folião no Bloco Beijo onde se apresentava o cantor Luiz Caldas. Em 1986, este bloco resolveu lançar uma banda própria com o mesmo nome. “Eu fiz um teste para vocalista da Banda Beijo, que estava nascendo, e fui aprovado. A partir daí, começamos a realizar apresentações no interior da Bahia. Foram dois anos nessa batalha, ainda sem ter um disco gravado”, contou.

A gravação só veio em novembro de 1988, quando a música “Beijo na Boca” estourou no Brasil inteiro. A canção foi eleita a música do Carnaval de Salvador de 1989. Naquele ano, a Banda Beijo foi a primeira banda do Axé a se apresentar no programa Domingão do Faustão, ano de estreia do programa na Rede Globo. “Passamos então a nos apresentar em todo o Nordeste e Norte do Brasil”, destacou Netinho.

Em 1992, veio a carreira solo e a consagração nacional, com os hits “Capricho dos Deuses”, “Total” e “Menina”, que integrou a trilha da novela “Tropicaliente” e rendeu ao cantor seu primeiro Disco de Platina, com mais de 250 mil cópias de discos vendidas no Brasil.

Quatro anos depois, após outros sucessos nacionais e mais Discos de Platina e Duplo Platina, Netinho gravou seu primeiro disco ao vivo e a música Milla na sua voz bateu recordes de execução em todo o Brasil levando-o a fazer shows também fora do país quando ganhou seu primeiro Disco de Diamante por mais de um milhão de cópias vendidas do disco no Brasil.

Mas foi a paternidade em 1998 (Netinho tem uma filha de 24 anos) e um grave problema de saúde em 2013 que o fizeram repensar sobre a vida e os problemas do Brasil.

“Durante toda a minha vida, até os 46 anos de idade, eu nunca gostei de política. Nunca li, nunca procurei saber quem era o prefeito, o governador… nunca me interessei. Quando adoeci em 2013, tive que fazer uma cirurgia na barriga chamada laparotomia, para lavar os meus órgãos, já que estava com infecção generalizada. Cinco anos depois, em 2018, vi na televisão que um tal de Bolsonaro tinha feito o mesmo procedimento. Aquilo me emocionou muito e fui até a sua casa, no Rio de Janeiro, pra dizer a ele que não pensasse em morrer, pois eu fiz a mesma cirurgia que ele tinha acabado de fazer e que, quando estava melhorando, tive três AVCs em uma semana, mas sobrevivi”, contou.

Netinho contou a sua história ao então candidato à presidência. “Na época, trocamos telefones, e um mês depois ele foi eleito Presidente da República. A partir dali eu comecei a fazer uma coisa que eu nunca fiz na vida, que foi pesquisar e estudar sobre política. Foi assim que eu comecei a entender o que é o Brasil e o que eu poderia fazer além música para melhorar a Bahia e o país”, explicou.

Inconformado com a situação na qual a esquerda e o PT deixaram o país, o cantor começou a dialogar com políticos conservadores de direita para debater soluções para os problemas nacionais.

Após um convite feito pela deputada federal Carla Zambelli, o cantor refletiu e decidiu se apresentar como pré-candidato a deputado federal pela Bahia. “Eleito, serei um soldado de Jair Bolsonaro na Câmara e defenderei o povo baiano e brasileiro seguindo os valores Deus, Pátria, Família e Liberdade”. Muito familiarizado com o cenário musical e cultural brasileiro, Netinho tem como uma de suas principais bandeiras desenvolver políticas de defesa e amparo social a todos aqueles que vivem honestamente da arte.

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