Pergunte e eu respondo

Gláucia, muito obrigado por seu carinho e dedicação por tanto tempo. Estamos juntos. Há um sonho que nunca esqueço e o contei apenas para poucas pessoas mas vou contar aqui, atendendo ao seu pedido. Há muitas décadas, eu ainda cantava com a Banda Beijo, sonhei que cantava num show que acontecia no céu. Estávamos todos em meio às nuvens, um lugar muito lindo onde reconheci muitos fãs que já tinha na época, e no final do show eu cantava "Vem me dar um Beijo" e todos, muito felizes, se abraçavam comemorando o momento. Acordei no meio da noite logo após aquele sonho e amanheci o dia sem dormir mais, emocionado como estava. 

Jane, já passei por muitas situações divertidíssimas em trios elétricos. Cantar em trio elétrico, pra mim, além de ser um trabalho que requer minha total atenção e responsabilidade, são momentos com os quais me divirto muito. Vou te contar um deles: por muitos anos, puxando blocos no carnaval de Salvador, no percurso que passava pelo Campo Grande, Av. Sete e Av. Carlos Gomes até o quartel dos Aflitos, em certo trecho da Av. Sete, de um lado da rua em janelas e marquises dos prédios ficava torcedores do Esporte clube Bahia. Do outro lado, em frente, ficava torcedores do Esporte Clube Vitória. Havia bandeiras e tudo mais de cada lado. Por ser torcedor do Bahia, eu já chegava cantando o Hino do Bahia no trio elétrico. Revolta completa do outro lado da rua. Quando abanava, perguntava: tem algum torcedor do Vitória no bloco que quer subir aqui para cantar o Hino do Vitória? Minha banda tocava os dois hinos. A í virava tudo uma grande festa quando o torcedor subia pra cantar. Inesquecíveis momentos. 

Minha irmã querida, saiba que te amo muito e, assim como você, honro a vida e a história do nosso pai, Ernesto. Amo estar e conversar com você. Sempre fui uma pessoa disciplinada em muitas coisas. Escola, universidade, trabalho. Credito a isso à minha capacidade de conseguir realizar tarefas não muito agradáveis como a musculação. Não agradável mas imensamente benéfica para qualquer ser humano. Quando guri, fui traquino e não tinha disciplina pra nada mas minha mãe Ivanise, a vida e seus acontecimentos foram me educando. Então, eu também sinto preguiça e vontade de estar sempre em uma zona de conforto, mas a consciência do que me faz bem me leva a realizar tarefas bem difíceis. Quando acordo com preguiça, por exemplo, sempre penso em como estarei amanhã sem minha atividade física diária. Então me levanto e vou. É exatamente o que você citou: "Levanta-te e anda!". 

Um beijo e saudade!

Jozeane, tudo bem? Os meus planos são para o carnaval como um todo, sempre! Há muitos anos eu tenho cantado por todo o Brasil no carnaval. Espero algum dia poder fazer uma puxada de trio elétrico no carnaval se Salvador, mas isso não depende só de mim, saiba!

Olá Grazielle, obrigado. Por muitos anos mantive em casa um grande quarto onde eu guardava todos os presentes que recebia dos meus fãs. Aconteceu que, durante o ano que passei internado no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, algum familiar meu, não sei quem foi nem por que, foi em minha casa e a arrumou à minha revelia. Nessa arrumação, deram fim a todos os presentes que eu tinha guardados e dados a mim por meus fãs. Desde então, guardo presentes que recebo de fãs que já se tornaram amigos queridos no meu gabinete em casa. Ninguém entra lá e esse presentes ficarão comigo para toda a minha vida. 

Olá Glaudyson, inesquecíveis aquelas minhas puxadas de trio elétrico com o Bloco Bafo de Baco em Feira de Santana/BA. Tempo muito bom!

O meu entendimento dessa questão do rebaixamento do nível cultural é holístico e abrange toda a humanidade, mais acentuadamente em alguns países do mundo, entre estes o Brasil, enxergo. É muito nítido que o crescente abaixar do nível cultural do povo brasileiro se reflete na música que é produzida no país. Desde 2012, a nossa produção cultural vem descendo a ladeira em queda livre em direção ao esgoto e a música que é ecoada pela mídia mainstream está cada vez pior. Há muito tempo, deixou de ser música e se transformou em um método usado para depreciar e adoecer mentalmente as pessoas que a ouve. No meu entendimento, a música é a causa maior do rebaixamento do QI de grande parte do povo brasileiro que vem beirando a doença mental sem saber que está nessa condição. Por causa disso, o convívio social no nosso país está cada vez mais difícil. Não sabemos mais onde vamos parar se tudo seguir como está. É bem triste constatar que "o poder oculto da música" nunca foi ensinado em escolas e faculdades, inclusive nos melhores cursos de música. E isso é um propósito que vem logrando muito sucesso num processo lento mas contínuo. Assunto para uma conversa particular pois isso é um viés muito profundo, inacreditável ,mas 100% provável por aqueles que pesquisam isso a fundo. Colocado a público, como já coloquei algumas vezes até para brasileiros ilustres, é de difícil compreensão e sempre não se interessam já que preferem o razo da zona de conforto do simples a estudar o que é complexo e profundo. Lamentável. 

Amo o povo português desde a primeira vez que fui a Portugal em 1998 com uma turnê de estrondoso sucesso https://youtu.be/TZh8zL_9-eM?feature=shared . Desde então, tenho ido sempre a Portugal a trabalho ou a passeio. Esse ano de 2024, fui lá duas vezes: uma a passeio e outra a trabalho. Amo Portugal e tenho amigos queridos que vivem lá. 

Ainda não fechei o meu Réveillon 2025.

Menina, meus fãs podem esperar de mim na m´¨sica sempre o meu melhor como fiz durante meus quase 36 anos de carreira e que não preciso dizer o que é. Todos já sabem.

Quanto à política, se você não sabe ou ainda não percebeu, te informo: a partir de MARÇO DE 2023, não falo mais de política publicamente, só com amigos muito próximos e pessoalmente. 

De outubro de 2018 a fevereiro de 2023, falei muito sobre política nas minhas redes sociais, em pod casts, etc,. Fiz isso porque, por patriotismo e amor ao Brasil, queria ajudar o povo brasileiro e um amigo e estudei muito o assunto pra poder falar. Fiz muitas postagens nas minhas redes sociais naquele período alertando todos sobre o que o Brasil poderia se tornar adiante caso as pessoas não acordassem. Quem leu, leu. Já fiz a minha parte e muito bem feita. Não falo mais publicamente sobre isso. Agora é com cada um e suas escolhas. 

Que pergunta ótima, obrigado. Como você mesmo escreveu, já experimentei muitas fases diferentes na minha vida. Só não entendo caber na minha vida a palavra "decadência" pois considero tudo que já vivi, inclusive os piores momentos, como aprendizado positivo. Outros podem enxergar de outra forma, mas eu não. E move a minha vida aquilo que eu penso sobre mim, não o que os outros pensam. Sou adepto do "tudo começa e termina na mente". Somos o que pensamos sobre nós, acredito! Entendo que tudo que me aconteceu até hoje, de bom ou ruim, apenas me ensinou e me elevou. E agradeço a Deus por cada segundo que vivi: os de trabalho, de dificuldades, sucesso, glória, de me tornar pai, de doença internado em hospitais quando estive à beira da morte, de superação, de encontro com o amor próprio, por tudo! E tudo me transformou e segue me transformando. Quando minha filha nasceu no final dos anos 90, minha cabeça deu um giro e passei a enxergar tudo na vida de forma diferente, mas nada se compara ao fundo do poço que vivi em hospitais em 2013, 2014 e 2015 quando não enxergava nenhum caminho a seguir, só via o escuro. Foi nessa época, sob pesada depressão, que tentei tirar por duas vezes a minha vida mas Deus me deixou aqui. Foi como viajar aprisionado por anos na mais brutal montanha russa. Minha mente mudou completamente. Como não ser eternamente agradecido por tanta escola? 

Minha querida , que saudade. Nesse momento acabei de abrir a minha agenda para shows no carnaval 2025. Não tenho como agora passar uma agenda que ainda não existe em sua totalidade. Em breve divulgarei nas minhas redes sociais. Um beijão!

Jean, parece loucura, mas me ouço sempre. Amo ouvir Netinho, minha voz suave, meu jeito sorridente de cantar. Certa vez trouxe minha filha com várias amigas no meu carro até minha casa e no caminho uma delas falou: "Olha, ele é um artista que ouve ele mesmo!". Ri muito. Tocava Netinho em alto volume no meu carro. 

Quando não estou me ouvindo, ouço o que é das antigas e bom como Michael Jackson, Queen e Freddie Mercury, Sting e The Police, Paul Simon, Stevie Wonder, Bread, Youssou N'dour, Kool & The Gang, Phil Collins, Christopher Cross...

Nada ouço de músicas novas desde 2012. Prefiro os clássicos que, para mim, são para sempre!

Sempre me vem à cabeça uma nova ideia de projeto musical a fazer. Entendo que estou nesse momento em reconstrução da continuidade de uma história linda que já fiz. Meu próximo passo, um grande desafio, é voltar a dançar com bailarinos nos meus shows. Sem qualquer dúvida, após dar esse importante passo, muitos outros desafios virão.